Análise Ípslon: Prisão de Collor de Mello

"Prisão de Collor de Mello tem diversos sinais a serem considerados"

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foto acervo senado
foto acervo senado - Foto: acervo Senado Federal
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Não se trata apenas de uma prisão... vai muito além. O mandado de prisão que 'Alexandre o Grande' submete aos demais ministros do STF na primeira ordem propõe uma demonstração firme de que os ministros do STF apoiam sua(s) decisão(es).

Claramente, é um sinal de força e poder de Alexandre de Moraes que repercuti nos demais processos dos atos de golpe de Estado e contra democracia.

Isso coloca toda a direita em xeque em relação às suas narrativas moralistas de honestidade política ilibada... e questiona se alguém se levantará contra a prisão.

Outra questão é o mito que cai, mostrando que a Lava Jato ainda tem efeitos de condenação e que a operação não morreu, uma vez que os processos de lavagem de dinheiro permanecem, mesmo que a operação é processos originarios foram anulados e agentes políticos são mandados para a prisão. Isso mostra uma dualidade, pois dá a impressão de que o agente político pode ser corrupto, mas não pode "lavar o dinheiro". Vale mencionar que Collor de Mello está condenado por lavagem de dinheiro, mas o processo de corrupção na Lava Jato foi anulado.

Além disso, a prisão de um agente político com mais de 70 anos demonstra que a idade não é um fator de impedimento para a prisão e que os atos de prescrição não atenuam quando não existe uma sentença em trânsito em julgado.

Por fim, a prisão de Collor de Mello indica que o STF não se constrange em prender ex-presidentes, que a prisão a Jair Messias Bolsonaro se torna mais realista